sábado, 2 de março de 2013

Aquele Terror!





Estava eu a lavar roupa na área de serviço à noite, tinha colocado as roupas brancas de molho, já tinha lavado um par e meio de tênis e é nesse exato momento que aparece, bem na minha frente, assim bem de pertinho, ELA!!! 

Aquela miserenta, nojenta e insuportável BARATA!

Eu estava sozinha, frente a frente com a aquela "coisa", que definitivamente não veio de Deus, então o dilema do desespero, ou ia para o lado oposto ao da porta para pegar o inseticida e matar aquela indesejada ou ia entrar correndo porta adentro.
O momento era de pura tensão, a distância para a covardia era a mesma distância para a coragem, o que fazer?
Então de súbito resolvi ser corajosa, sem despregar os olhos da "coisa" eu peguei o meu santo remédio e seu fatal veneno e foi com prazer que apertei e vi a terrível BARATA cair, mas daí aconteceu o inesperado, a agonia que me martirizou por alguns segundos.... Para que lado ela iria cair?
Por sorte ela caiu para trás, mortinha? Não sei, só sei que não a vi mais!
Vocês acham que acabou? Que nada, eu terminei de lavar meu meio tênis e fui lavar a louça. Até aí sem novos traumas. Abri a geladeira, peguei o macarrão e esquentei no micro-ondas, coloquei o prato em cima do mesmo e me virei então mais uma vez me aparece "aquela" que atormenta minha vista e meu juízo, dessa vez eu simplesmente gritei:

-Alguém me dá um "help"!!!!!!!!!!!!!!!!



E veio minha irmã, vestida de anjo, com seus cachinhos, tá bom, admito, não foi tão angelical assim. Voltando ao drama...
Minha irmã perguntou o que era todo aquele rebuliço e eu disse que era a aberração da natureza, assim ela desceu as escadas e borrifou o veneno fatal no bicho, se tivesse acabado aí teria sido bom, mas.... A BARATA desembestou e saiu correndo... 

Na minha direção!!!!!!! 

Por sorte foi para debaixo do fogão. Aí eu aproveitei peguei o macarrão e foi a minha vez de correr desembestada. Não é a primeira vez que tivemos encontros assim tão conturbados  cheios de labirintos, decisões difíceis e vilões a serem vencidos.
Alias, eu já contei da vez em que eu e minha irmã fomos encurraladas por uma de nossas inimigas em um quarto fechado em plena madrugada??
Ou daquela vez em que tive que ligar para meu pai voltar para casa e nós livrar da cascudinha maligna??
São muitas histórias, dramas e sustos, todas essas reações clichês de mulherzinha medrosa, mas, é com orgulho que hoje lhes digo que já consigo sair andando quando encontro esse meu eterno medo, estou aprendendo, também, a não gritar mais, afinal... 

Elas não vão parar de aparecer mesmo!

Anne Rangel

3 comentários:

Anônimo disse...

A voz de muitas "mulherzinhas medrosas"...vc manda bem em tudo: crônicas., poesia, prosa. Parabéns!
Mamis

Anne Rangel disse...

Mamis...Mto bom ter alguém q nos aprecie!!! Muitos podem achar q esses comentários de mãe são só para poder ter alguém q elogie com medo q mais ngm o faça... Mas bem sei q se foi o q vc disse eh o q acha ser verdade, eu acredito pois muitas vezes já escutei as críticas e é por isso que sempre peço sua opinião...Por sua sinceridade literária comigo^^
Obrigada!!!

Dayane disse...

Coisa de mulherzinha , claro que não. São nojentas , difíceis de encarar , de ficar perto! não sei se onde vem esse meu medo , medo de varias mulheres e homens também ! sem ter como varrer todas da face da terra o jeito é tentar encarar ou gritar q nem loucas , afinal elas também tem um papel do mundo!