segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Fervilhando o caldeirão

No meu caldeirão

Não me vejo,

O espelho não me reflete,

Estou invisível em um mundo saturado de (des)informação.

Preciso de um espelho com mais prismas,

"Espelho, espelho meu"

Um para cada lado de mim.

Por enquanto sou uma humilde bruxa,

Mal compreendida, etérea

Relegada a um planeta que de companhia somente uma Rosa

Que de língua ferina só reclama,

Mas que com tempo e paciência fez-se importante 

àqueles olhos do coração.

Da torre como meu transporte entre galáxias,

esqueçam as vassouras, estão ultrapassadas!

Da Transilvânia ao Egito,

De de Marte a Saturno,

Tos os multiversos e tempo-espaço,

Ainda estou perdida, procurando meu verdadeiro eu,

a grande busca de aceitação,

É o sussuro do feitiço fervilhando: 

cada um nasce como se precisa,

o caminho de tijolos amarelos cada um escolhe construir.

Sabem do verdaddeiro poder?

Olhe bo fundo daquele espelho cheio de primas,

ESÁ NO REFLEXO DOS OLHOS DE QUEM VÊ!

 

Anne Rangel Peleja de Carvalho

Pegaram as referências?

Conto fantástico

Oficina Gecria

domingo, 1 de novembro de 2020

Boo

Dia das bruxas

        Que parem,

        Que sangram,

        Que choram,

        Que curam.


Curam com amor,

Curam com carinho,

Curam com abraços, 

Curam com mãos e afeto!


Corram... Se escondam...

A BRUXA ESTÁ SOLTA!


Não só quando o véu 

Se afina,

Mas em todos os dias,



Afinal,

           Somos ventre da vida.



Somos uma força,

Sobrenatural mesmo.


Nos queimam,

        Amordaçam,

        Cospem e

        Violentam,


Chamam-nos BRUXAS,

Mas é MULHER mesmo!


De poder nas entranhas,

De coração forte de quem ama,

Somos bruxas terríveis, temidas.


Eles tremem por sermos como somos:


Alma do mundo!


Anne R.Angel 🌸




terça-feira, 27 de outubro de 2020

As palavras


Sussurros da alma,

Acalanto do peito,

Choro, mágoa,

Riso e contentamento.

Do adeus ao até logo,

Do reencontro às promessas,


O que nos olhos transborda

Nas palavras expressa!


Quanto poder

Em alguns sons,

Forte aquele que fala

E cala...

Conforme o tom,


Nas palavras se expressa também o silêncio ...


De tão bela é essa arte,

Das costuras de partes,

A ideia se passa

 E assim se faz

As pontes de sentimentos.


Anne R.Angel 🌸

domingo, 30 de dezembro de 2018

Pensar pelo lado positivo

Esquecer a senha do iPad e saber que terá que perder todos os seus dados – uma boa forma de desapego para o fim de ano!

Tenho ainda dois dias para viver o ano velho e já termino com novidades, eu que já estava perdendo a paciência, coisas de quem já passou da meia idade, descobri Debussy (leia debuzí para não dar mancada por ai) e não é que consegui escrever ouvindo música – coisas da modernidade!

Tudo que é novo causa estranheza, pensa Ortega, para mim, mesmo em tempos de empoderamento e liberalidades pode-se aceitar o que vem ou pode-se contestar, mas contestar também pode ser apenas não fazer parte.

Se eu não tivesse me aberto ao novo, Debussy não teria me ajudado a aceitar perder meus dados…o velho ano dando lugar ao novo, muitos MB livres para novas experiências.

O que faz parte de você, neste momento, te coloca em um lugar que é só seu. Não é que você não precise fazer parte, se engajar – para falar das expressões da moda – porém, veja que o novo é novo para cada um. Só você sentiu suas dores, só você conhece dos seus medos, só você é responsável pelo seu ser você, então pense pelo seu lado positivo!

As suas alternativas são as melhores e estão dentro de um bem que há em cada um e não se preocupe se a sua vibe é Chopin… se o mundo caminha para o caos, acredite tudo passa, seja a luz do caos, siga na paz, ouvindo a música clássica que te for conveniente.

Feliz novo ano novo!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018


O pequi está em extinção
Mas ainda dá para experimentar
Não gosta de pequi?
Também não custa preservar!

Nem todo mundo põe passas no arroz
Mas deixa a uva maturar!

É tão bonita a árvore florida
Mesmo que alguns não olhem a flor
Nossa vida já é tão corrida
Mas dá para viver o amor!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O Bêbado Equilibrista


Não sei se vocês perceberam, mas viver é uma sensação de estar bêbado, andando em uma linha tão tênue que muitas vezes não conseguimos enxergar!
Quando somos crianças é tão simples definir o que é certo do errado, é realmente tudo preto no branco, com o passar dos anos, das vivências e experiências descobrimos que o certo e errado não é tão radical, muito menos, tão simples assim.
Podemos tomar decisões erradas tentando acertar, e as vezes até uma atitude correta é simplesmente para mascarar algo feio, seja o egoísmo por exemplo.
Já ouviram falar que “o inferno está cheio de boas intenções”?
Quantas vezes já não ajudamos alguém só para depois não sermos julgados? Não foi necessariamente pelo bom coração verdadeiramente altruísta.
Então aqui estamos, bêbados, tentando nos equilibrar nessas milhões de leis e regras sociais e com um baita medo de cair!
Quem não tem medo de cair?
Nos circos mais ousados todas essas estripulias são feitas sem rede! Tamanha é a segurança em suas habilidades, tamanho é a vontade de entreter, tamanho é o risco. Mas duvido que nos ensaios é assim! Sem segurança nenhuma.
Qual a nossa rede de segurança na vida?
Pode ser sua família, religião, amigos, conhecimento adquirido. Pode ser uma, ou todas elas, ou todas elas e mais algumas. Mesmo com o medo de cair, nessa loucura toda que é viver é saudável ter a quem recorrer quando escorregar, quando a linha for tão tênue que desaparece, ou quando nos desviamos do caminho e pisamos em falso, ou quando só... cansamos e precisamos de um tempo para descansar.
Para quem você liga quando está aos prantos? Ou quando está reluzente de tão feliz? Essa é sua rede, aqueles que estão para todos os momentos, paro o fundo do poço ou para a comemoração.

E você? É a segurança de quem?

“A esperança dança na corda bamba de sombrinha e em cada passo dessa linha pode se machucar. Azar, a esperança equilibrista sabe que o show de todo artista tem que continuar”.
Elis Regina, composição de Aldir Blanc e João Bosco

Que seu caminho seja de esperança, não importa quantas vezes tenha que recorrer a sua própria rede!!

Anne R. Angel

sábado, 6 de outubro de 2018


Paisagens III

Ainda bem que por aqui
Ninguém tem uma vassoura
Posso deitar, espreguiçar
Me esquecer
E até sonhar

Sonhar de dia
Faz bem pra humanidade
Quando me esqueço me perco assim
Deixo que só o bem fale em mim

Nesse nosso tempo, tudo corrido
Tudo fulgás
Faço bem para o mundo
Se deito e me esqueço
Emano a paz