quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Não está só


        

Despontou no céu
O belo imperador,
Irradiou do alto,
O belo protetor.

É só olhar
Pro arco
Com estrelas mil,
Não estás sozinha meu amor

Pois está no meu Brasil,
Brasil de muitas águas,
Almas e florestas,

Brasil que Deus
Ampara,
Brasil de
Muitas festas.

Mas preste
Atenção no
Que vou
Lhe dizer,

Até as
Estrelas
Um dia
Vão morrer.

Quando eu deixar
Saudade não chores,
Pois não estás sozinha

Estás no meu Brasil,
Brasil de muitas águas,
Almas e florestas,

Brasil que Deus
Ampara
Brasil de
Muitas festas.

Mas não esqueças
De mim
Lembre com carinho

Que lá no céu,
Amada filha minha,
Te verei com orgulho
Andar na passarela

De areia
E sol quente
Mas sempre bela.

Despontou no céu
O belo imperador,
Irradiou do alto,
O belo protetor,
Ai meu Deus do céu,

É só olhar
Pro arco
Com estrelas mil,
Não estás sozinha meu amor

Pois está no meu Brasil,
Brasil de muitas águas,
Almas e florestas,

Brasil que Deus
Ampara,
Brasil de
Muitas festas.


Anne Rangel

sábado, 15 de outubro de 2011

E se....


Eu já tive amores e também já tive amigos. Sim, tudo divididinho assim. Igual a todo mundo.

Mas aí... Aí veio você. Que chegou do nada na minha vida bagunçada e começou arrumar tudo, sempre falando o que quer e do jeito que quer. Nunca me magoou, pelo contrário. Me ajudou bastante. Na verdade, era bem engraçado ouvir um homem mostrando a sua visão dos fatos e as vezes até ensinando o que seria o certo nos meus raros momentos de dúvida.

Comecei a confiar em você e você em mim, e a gente começou a dividir as coisas mais impossíveis e engraçadas, e quando dei por mim, eu sabia toda a sua vida decorada e gravada na minha mente, sabia até quais seriam as suas reações ao que eu dizia ou pensava. Sabia até quem era a menina que você gostava e até a que você achava “gostosa” e isso nunca me incomodou.

Mas fui notando que o que eu sentia quando você estava perto de mim, a sensação engraçada que eu tinha ao sentir seu perfume ou quando você encostava em mim para me guiar para algum lugar, ou simplesmente porque precisava diminuir a distância entre nós para compartilhar algo “secreto”, era diferente do que eu sentia perto dos meus outros amigos. E eu gostava até demais disso.

Se eu comecei a gostar dele? Claro que não. Eu ainda gostava do outro. Aquele lá que ele me ajudava a conquistar devagarzinho. Mas o que era então? Atração física, com toda certeza. Eu não tinha dúvidas, mas não queria bagunçar nossa amizade desse jeito.

E então surgiu a ideia. O “E se...”. Mas logo afastei isso da cabeça, você gostava dela, né? Não era certo. Entretanto, não deixei de notar que talvez essa ideia passasse pela sua cabeça também, afinal, as piadinhas e frases de duplo sentido, as famosas indiretas começaram a vir da sua parte também. E resolvi tentar então, o que mais poderia acontecer?

Você aceitou de cara, é claro, e foi bom. Na verdade, foi muito bom. Tão bom que bagunçou a nossa amizade perfeita e agora a gente nem sabe mais o que é isso.

Se eu gosto de você? Não, ainda não. Mas eu queria na verdade. Mas eu sei, que enquanto o meu coração machucado e o seu quebrado não quiserem tentar de novo, continuaremos assim, sem pensar mais uma vez no “E se...”, e sem saber exatamente o que somos um do outro ou que vamos fazer sobre isso. E o mais estranho, é que eu realmente gosto disso.




Thalyne Carneiro

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Matéria


Não sei se eu já disse isso aqui, mas eu faço faculdade de Comunicação Social, coma habilitação para Jornalismo! :D
Lamento, mas agora vocês servirão de cobaias para as minhas matérias! Kkk'
Espero que gostem!

Beijos,
Thalyne Carneiro
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Adoção de crianças por casais homossexuais: problema ou solução?

Com a decisão do STF de se reconhecer o casamento homossexual oficialmente, outras discussões como a adoção de crianças por homossexuais tem surgido e suas conseqüências para a sociedade.

No Brasil, existem muitas casas de adoção, cheias de crianças esperando por uma família. Com a decisão do STF de legalizar a união homoafetiva, há indícios de que essas crianças possam ter um lar mais rapidamente. Entretanto, há uma série de fatores que não se podem ignorar quando se trata do desenvolvimento das crianças.

Um dos principais problemas levantados seria a dificuldade que uma criança pudesse ter ao identificar a figura paterna e materna em sua família, já que essa não seguiria os padrões da maior parte da sociedade. Porém psicólogos afirmam que mesmo em uma família formada por casais homossexuais, essas figuras de autoridade estariam bem claras, não gerando confusão na cabeça dela. Necessariamente, os pais também deveriam explicar a essas crianças as diferenças óbvias, para que elas possam compreender e não se sentirem deslocadas em seu meio.

Algumas entidades e organizações ficam com receio de que a decisão do juiz não seja baseada no que a criança quer, mas só nos interesses dos pais adotivos que ela possa ter. A Drª Luísa de Marillac, Promotora da 4ª Cível da Promotoria da Infância e Juventude do Distrito Federal, explica que isso não é verdade, pois uma adoção “é baseada nos interesses do adotante e do adotando”, sendo portanto uma decisão pensada e estudada por diversos profissionais, a fim de que haja um vinculo parental entre as partes.

Outro fator para essa discussão é a influência da opção sexual dos pais na criança. Usa-se comumente o argumento de que elas poderiam vir a se tornar homossexuais por conviverem diretamente com essa realidade. Entretanto, essa influência não tem um peso considerável, já que filhos de casais heterossexuais fazem a opção de se relacionar com pessoas do mesmo sexo em alguns casos.

Embora alguns veículos de comunicação afirmem que as principais religiões do Brasil, o catolicismo e o protestantismo, sejam contra a adoção de crianças por casais homossexuais, isso não é verdade. Por motivos éticos essa decisão não é vista como motivo de protestos, já que as crianças adotadas teriam um lar e cuidados. O que não se tem muito claro é a diferença do que seria uma família para cada uma delas e porque não seria o ideal esse tipo de adoção.

Em ambas as religiões, uma família é constituída por um homem, uma mulher e seus descendentes. Uma união entre dois homens ou duas mulheres, portanto, não pode ser considerado de modo algum um casamento, segundo os preceitos bíblicos. Embora a adoção seja boa, o ideal para essas religiões seriam que cada criança tivesse um pai e uma mãe, mesmo adotivos, para que chegasse o mais perto do natural possível.

Já na Constituição Brasileira, desde 1988, a união entre duas pessoas, do mesmo sexo ou não, é considerada uma família. Isso se dá, devido aos arranjos feitos para que famílias “não-convencionais”, como uma mãe solteira e seu filho, fossem assistidos pela lei como família.

Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, casais homossexuais não poderiam vir a adotar uma criança, pois usa a visão religiosa de família em sua definição. Por isso, era muito comum que só um dos parceiros entrasse com o pedido de adoção e a criança. Caso aprovado, seria registrada só em seu nome, fazendo com que em muitos casos ela perdesse direitos, como à herança. Mas em alguns estados essa interpretação já se dava de forma mais ampla, usando também a Constituição para decidir, deferindo assim há alguns anos essa adoção.

Todos os segmentos - a religião, o direito e a psicologia - mais envolvidos nessas discussões ainda não chegaram à conclusão se o fato da adoção por casais homossexuais seriam ou não um problema, já que é uma mudança relativamente nova na sociedade brasileira. Mas espera-se que essa mudança não traga prejuízos, mas sim melhorias para a vida de tantas crianças desamparadas.
Thalyne Carneiro