Não sei o que há em você, mas isso
sempre me fez te olhar com interesse. Esse seu jeito de quem não liga ou não se
importa bem que engana. Mas é claro que engana, você precisa disso para me
surpreender todas às vezes que te vejo.
Com você me sinto em casa. Sou do
jeito que sou e pronto. Você me faz rir com coisas absurdas, ao mesmo tempo, me
faz acreditar que tudo o que você disse pode ser possível.
Você tem um ar de garoto nesse seu
jeito de homem que faz com que eu me torne criança de novo, ao ponto de me
divertir com qualquer coisa. E quando “o seu garoto”, o que você tanto se
esforça para esconder com o homem, fica triste, morro de vontade de colocá-lo
no colo e esperar passar.
Gostei muito de você, dessa sua
arrogância, sua esperteza, do seu jeito de andar. Até mesmo do seu cheiro eu
gosto, o que eu tenho certeza que não é perfume. Deve ser por isso que me
apaixonei por você. Como poderia ser diferente?
Mesmo com o meu coração remendado – o preço
para conseguir esquecer você – não consigo ficar chateada ou com raiva. A dor
que você me causou só me fez crescer, e sou grata por isso. Sinto sua falta de
vez em quando. Nunca te disse. Mas sinto que já devia ter dito há muito tempo. Não
tentaria tirá-lo da minha vida por nada. Ainda mais agora que você se tornou
mais do que especial.
Obrigada por tudo. Pelo
tempo gasto pensando em você ou simplesmente preocupada contigo. Obrigada pelas
crises de choro infinitas no meio da noite. Obrigada por estar aqui e me apoiar
quando preciso. E acima de tudo, obrigada por me ensinar a amar, se não fosse
por você, nem imagino como eu descobriria o significado desse sentimento tão
bonito.
Thalyne Carneiro