domingo, 29 de abril de 2012

Tudo o que eu não disse para você


Não sei o que há em você, mas isso sempre me fez te olhar com interesse. Esse seu jeito de quem não liga ou não se importa bem que engana. Mas é claro que engana, você precisa disso para me surpreender todas às vezes que te vejo.


Com você me sinto em casa. Sou do jeito que sou e pronto. Você me faz rir com coisas absurdas, ao mesmo tempo, me faz acreditar que tudo o que você disse pode ser possível.

Você tem um ar de garoto nesse seu jeito de homem que faz com que eu me torne criança de novo, ao ponto de me divertir com qualquer coisa. E quando “o seu garoto”, o que você tanto se esforça para esconder com o homem, fica triste, morro de vontade de colocá-lo no colo e esperar passar.

Gostei muito de você, dessa sua arrogância, sua esperteza, do seu jeito de andar. Até mesmo do seu cheiro eu gosto, o que eu tenho certeza que não é perfume. Deve ser por isso que me apaixonei por você. Como poderia ser diferente?


Mesmo com o meu coração remendado – o preço para conseguir esquecer você – não consigo ficar chateada ou com raiva. A dor que você me causou só me fez crescer, e sou grata por isso. Sinto sua falta de vez em quando. Nunca te disse. Mas sinto que já devia ter dito há muito tempo. Não tentaria tirá-lo da minha vida por nada. Ainda mais agora que você se tornou mais do que especial.


Obrigada por tudo. Pelo tempo gasto pensando em você ou simplesmente preocupada contigo. Obrigada pelas crises de choro infinitas no meio da noite. Obrigada por estar aqui e me apoiar quando preciso. E acima de tudo, obrigada por me ensinar a amar, se não fosse por você, nem imagino como eu descobriria o significado desse sentimento tão bonito.


Thalyne Carneiro

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O início de uma certa contadora de histórias



Mulher é um ser curioso de natureza e eu não escapei a essa regra, quando criança me deliciava assistindo aos maravilhosos filmes da Disney e a outros desenhos também, tenho certeza que ainda muitos se lembram do Castelo Rá-Tim-Bum ou do Cocoricó.
Tudo utilizado como estimulo e é claro nem tudo era televisão, meus pais sempre influenciaram a ir ao parque, zoológico, tomar banho de sol e a brincar principalmente com as irmãs mais novas, aliás, tenho duas. Foi nesse meio em que cresci, onde a criatividade era incentivada, onde livros eram comprados e deixados ao meu alcance e onde tinha cobaias para minhas experiências de crescer.

Uma atividade frequente em minha casa eram as historias antes de dormir, seja ela contada pela babá, por minha mãe, por meu pai e eventualmente por mim. Mesmo antes de saber ler as historias em quadrinhos, tanto da Turma da Mônica como do Tio Patinhas, era uma das minhas atividades favoritas folhear aquelas paginas cheias de desenhos e não precisava identificar os símbolos da linguagem, a historia era minha de acordo com o que a imagem mostrava.
Como eu disse minhas irmãs eram cobaias, tanto na hora de ler algum conto do enorme livro de Contos de Fada que meu pai comprou como na brincadeirinha em que eu era professora e elas as alunas, sempre eram elas as alunas. Divertia-me ensinando-as como a professora da escola me ensinava, utilizando do quadro negro e dos meus livros didáticos como recursos e sendo severa quando não era respeitada.
Mas o contar historias sempre foi marcante e muito importante para a minha formação, pois até hoje me emociono com uma bela historia seja ela apresentada por meio de filmes, por letras impressas em papel (nesse mundo tecnológico até o computador se transformou em livro) ou na oralidade de outras pessoas.
Nos dias atuais se não presto atenção ao relógio sempre me atraso para a faculdade, pois minha avó e eu temos o hábito de conversar sentadas a mesa mesmo depois de já termos almoçado, ela me contando as historias do Nordeste de quando era menina e eu avidamente bebendo de cada gota de sabedoria que dessas historias são derramadas.
Hoje eu me atrevo a escrever pequenas historias seja por meio de uma crônica ou poesia, até mesmo um conto de vez em quando. A prática de contá-las talvez enferrujada ainda está latente e com vontade de sair e se mostrar, não somente para minhas queridas irmãs que não são mais cobaias mas sim companheiras de experimentações mas para todo aquele que vê beleza em escutar uma historia e se deixa atingir pela emoção de quem a conta.

Anne Rangel

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sobre a Minha “Solterice”



As pessoas costumam me perguntar com bastante frequência, qual é o meu problema em não querer um relacionamento sério com alguém. Eu sinto que essa pergunta não é necessariamente uma forma de se meter na minha vida. Na verdade, percebo que isso é apenas uma forma de se preocupar comigo, isso não é normal em meninas da minha idade.

Não, eu não sou amargurada. Apesar de não acreditar em coisas como “príncipe encantado”, eu acredito no amor verdadeiro, em famílias felizes e coisas bem “fofas” assim. Acho também que as pessoas têm a sua metade da laranja e a tampa da sua panela, e tantas outras metáforas clichês para o amor.

O fato é que eu não quero sentir aquele frio na barriga nem as mãos suadas por ver alguém. Não de novo. Não quero deixar aquela sensação boa de amar alguém me dominar. Todo mundo pode dizer que é mentira, mas o amor realmente nos deixa burros. Sim, leitor, ele atrapalha o nosso discernimento e se você também já amou alguém você sabe disso. Não quero dedicar um tempo relativamente longo da minha vida a alguém que vai embora depois.

Gosto da minha própria companhia, e de ficar sozinha. Não tem nada de errado nisso. Mas confesso que sinto às vezes aquela pontada dolorosa em ver casais juntinhos em dias frios ou aquela decoração de corações e tons de rosa que invadem as ruas perto dos dias dos namorados.

Ser solteiro pode ser um problema em algumas situações. A prova disso é quando todas as suas amigas estão namorando. Elas acham que têm a obrigação de arrumar um namorado para você porque têm pena de você. E os jantares em família, então? Sempre rola a pergunta daquela sua tia sobre a falta de uma metade e a cara de óbvia compaixão.

A verdade é que me sinto feliz com essa resolução. Não vejo nada de errado em não querer namorar ainda. Por que não? A vida não se baseia só nisso. E é claro que eu quero um amor para a vida toda, quem não quer? Mas enquanto ele não aparecer, eu é que não vou encher meu coração de falsas esperanças. Ele merece um descanso. Mais que isso, ele precisa. Não vou negar isso a ele.


Thalyne Carneiro

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Idealizando o romance!



Aqui, embaixo desse batente,
Onde a lua faz clarão,
Onde as flores te exaltam,
Onde tua beleza resplandece.

Aqui, coberto pelo manto azul do céu,
Debaixo das estrelas que brilham,
A mercê da brisa que sopra,
No delicado chuvisco que cai.

Bem aqui, onde posso ver,
O cabelo que lhe cai aos ombros,
O sorriso que clareia tua face,
O teu olhar, porta aberta de tua alma.

Neste lugar, o meu lugar,
Bem abaixo de teus pés,
Que rendido lhe peço um beijo e

Com humildade declaro que te amo. 

Anne Rangel



terça-feira, 3 de abril de 2012

A Felicidade


Ah, a felicidade! Quem não a quer para si? Todo mundo quer aquele perfeito momento na vida em que até as atividades mais chatas da sua rotina se torna prazerosa. Desejar andar pela rua com aquele sorriso no rosto e aquele olhar de “consegui tudo o que eu queria”, simplesmente não tem preço. A gente sempre acha que conseguiu, mas aí acontece alguma coisa que atrapalha tudo.

Eu estava caminhando para ela. Cheguei a vê-la sorrindo para mim. Andava assoviando e feliz em fazer todas as atividades da minha semana que sempre são cheias. Aquilo sim era disposição. Mas como sempre, tudo começou a dar errado. E por mais que eu pensasse “É só resolver isso e tudo volta ao normal”, parece que a quantidade de problemas só foi aumentando.


Acredito que isso acontece por que nós sempre nos desesperamos quando tudo vai bem e as coisas começam a dar errado. Estamos tão ofuscados com aquilo que nos faz felizes, que a qualquer sinal de problema, nós não sabemos o que fazer e ficamos com medo de estragar tudo. E no final você estraga tudo. É do ser humano ficar com medo de desbravar o desconhecido.

Sentar no chão e chorar não funciona, vai por mim quando eu digo isso. Eu já tentei. Esperar outra pessoa resolver então, nem se fala. O que devemos fazer é resolver um problema de cada vez. Escolha aquele que é mais fácil entre os outros. Ao invés de pensar que é impossível descubra possibilidades. Pense em todas elas. Pode parecer besteira, mas problemas são iguais a roupas sujas. Se você deixar, se acumulam tanto que se tornam obstáculos, e nós não queremos isso.

A verdade é que os problemas servem para nos mostrar o que é a felicidade. Se você não os tivesse não daria valor a cada minutinho dela que aparece. Aproveite cada segundo. E quando esse tempo acabar, dê a volta por cima e busque-a de novo. Chorar pelo leite derramado nunca dá certo. E da próxima vez que perguntarem se você é feliz, responda sempre que sim, as palavras realmente tem força.