terça-feira, 26 de novembro de 2013

Talvez seja amor...


O meu sorriso abre primeiro que os olhos, dura o dia todo e a vida parece ter mais cor. As coisas ganham novos significados, sonhar acordada é quase rotina e dormir uma noite inteira se tornou quase impossível. São canções de amor cantadas no banho. E no café. E no carro. E no almoço. E no trabalho. E, e, e... 

"Nossa, como sua pele tá mais bonita", será que tá mesmo? Nem reparei. Dizem por aí que isso é resultado do amor. Eu duvido que seja, mas pensar que talvez seja, faz meu coração dar cambalhotas e o frio na barriga dá aquele aperto gostoso de montanha russa. É uma sensação tão gostosa, que não me lembro qual foi a última vez que me senti tão bem assim. Eu costumava ter medo dele sabe? Mas não, não pode ser isso. Não é isso. 

Eu não gosto de você, eu não gosto de você, eu não gosto de você, eu não... (celular vibra) "Tá fazendo o que?" e meu coração começa a martelar tão alto, que acho que o mundo todo pode ouvir. Quando dou por mim já estou lá te respondendo. Ah, mas é só porque ele é bonito, sabe como é, né? Claro que é. Porque seria outra coisa? 


Então ele diz que vem me ver. As bochechas doem de tanto sorrir de felicidade, mas a culpa não é minha. É dele. É do sorriso de derreter qualquer coração de pedra, das ruguinhas do canto dos olhos e do cheiro que ele tem. É do abraço apertado, do carinho na perna e da cabeça no meu ombro. Do jeito que nosso corpo se completa tão fácil e da forma como meu corpo sempre quer o seu. É das piadas fora de hora, da olhada pra mim de lado depois de falar de outra garota e do jeito que segura a minha mão. É do abraço pela cintura quando menos espero, do beijo de despedida no portão e da sensação da sua barba no meu pescoço.


 São essas coisas que me fazem querer ser sua. Mesmo com o medo que eu tenho de amanhã você não estar aqui ou que você se canse de mim. Mesmo que talvez você não sinta o mesmo. Mesmo sabendo dos seus defeitos e que você não é perfeito. Mas não quero pensar nisso agora, nem se somos eu e você ou se somos nós. Deixa isso pra lá. Se for amor, vai ser amor e ninguém vai duvidar disso.



Thalyne Carneiro


sábado, 16 de novembro de 2013

Dos sonhos


Gostaria de poder voar, sem o risco de quebrar minha asa.
Gostaria de poder sonhar, sem o risco de um possível pesadelo.
Gostaria de poder correr, sem o risco da queda e joelho ralado.
Gostaria de poder amar sem o risco de ter o coração partido.


Mas o que seria da vida sem os riscos?


Nunca teria ocorrido o primeiro passo,                                                                                    A primeira palavra,                                                                                        A primeira cantada,                                                                                          O primeiro beijo.

I WISH...
Que fosse fácil, um simples piscar e tudo o que eu quisesse estaria aqui!!

Mas que valor há nisso?

Que batalhas poderia dizer que lutei e venci?
Que cicatrizes teria orgulho de vestir?
Que troféus teria prazer em ostentar?

Bendito ou Maldito?
Medo.
De.
Arriscar.

No final das contas:
                    Um coração vazio não vale a pena sustentar!

Anne Rangel

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Pra cuidar de você


"Cuida de mim?" ele me pede naquele domingo em que eu achava que minha única surpresa seria, se por vontade de quem tem um senso de humor bizarro ou quem sabe, Deus, o Fantástico não fosse ao ar. Sorrio pra mim e respondo: "Cuido", sem acreditar que ele vem me ver naquele dia da semana conhecido por preguiça e nada de importante.

Tudo em mim vira alegria, porque sei que ele já vem, e o domingo antes sem cor e triste, se torna o prenuncio de que talvez a semana seja fantástica. E então ele chega e cada músculo do meu corpo relaxa de felicidade. Um suspiro e finalmente um abraço, aquele que me faz sentir segura e meu coração explodir de felicidade. Sinto o seu cheiro e mentalmente me belisco, porque devo ter dormido enquanto assistia um filme. É simplesmente inacreditável que você esteja ali.

Passo a mão no seu cabelo, enquanto você me abraça pela minha cintura. Escuto a sua história com apenas metade da atenção que deveria, já que é difícil me concentrar com a sua cabeça encostada no meu estômago, sentindo sua voz fazendo a minha barriga tremer. De repente você ri de algo que eu disse, que me faz se balançar junto com você.


Olho para você e começo a lembrar de tudo que já aconteceu entre a gente, ao mesmo tempo e que escuto você falar da última vez que nos vimos. Coro de prazer enquanto ouço você falar que gostou tanto quanto eu de podermos ser nós e não eu e você. E começo a achar que mesmo que daqui há uns anos a gente nem se veja mais, cada segundo de tudo vai ficar marcado no meu cérebro e ainda vou sentir meu corpo esquentar e se alegrar com a lembrança do momento.



Passo a mão no seu braço enquanto você segura minha outra mão e penso na frase que trouxe você pra mim. Reflito durante um momento sobre a minha resposta, se você me perguntasse ela de novo agora. "Cuida de mim?", e eu te responderia alegre que cuido sim, sempre que você quiser, porque cuidar de você é cuidar de mim, e não tem mais nada no mundo que me deixaria mais feliz do que você deixar eu cuidar de você. Pra sempre.


Thalyne Carneiro