segunda-feira, 19 de maio de 2014

O meu contos de fadas


De vez em quando ainda acordo sentindo falta dele, mas acho que não é bem dele a falta que eu sinto e sim das coisas que nós tínhamos juntos. Não que tenhamos sido nós. Acho que o nós tava muito mais na minha cabeça do que no coração dele. Me iludi e sofri, não vou negar. Porém aprendi à duras penas que nem todo sapo é príncipe. Não tem porque sair desperdiçando beijos por aí.

Sinto falta de me apaixonar, de ser de alguém, sabe? Não igual a última vez em que eu achava que era e não tinha nada a ver. Quero amar e ser amada de verdade. Poder sonhar com nós, "dois filhos e um cachorro" e nem precisa ter um edredom no frio de agosto. A parte mais importante do desejo tá lá no começo da frase. No nós.

Seria muito mais fácil escolher por quem se apaixona, mas a gente bem sabe que não é assim que funciona. Amor chega de mansinho. Ele vai ocupando espaço sem você ver, aí um dia, quando menos se espera, você só pensa nele. No jeito, na voz, no rosto... Amor não se escolhe, meu bem. Ele te escolhe. E fim. E eu mal posso esperar que ele me escolha.

Não é carência, muito menos desespero. Só sou daquele tipo de gente que acredita no amor e sabe que quando a gente acha quem nos completa a felicidade é plena. Quero um dia poder dizer que sou feliz da vida porque tenho alguém. Apresentar pra minha mãe, pai, avó, tia avó encalhada e até mesmo pra minha vizinha do lado direito, que não vai muito com a minha cara, o homem que me faz feliz e que escolhi pra mim. 


Eu quero um príncipe encantado. Mas nem precisa vir de armadura brilhante no cavalo branco. Vem de bermuda, calça, boné, terno, em cima de uma moto, de carro ou de ônibus. Não importa como ou de que, só vem. Vem me fazer feliz do jeito que você puder, que prometo retribuir na mesma intensidade. E não se preocupe com os dragões. Se precisar, só pra ter você do meu lado, eu mato sozinha. Mas só se valer a pena.

Thalyne Carneiro

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