"É a última
vez". Nem sei quantas vezes eu já repeti isso por causa dele. Todas em
vão, é claro. Não consigo dizer não para o homem com cara de menino que insiste
em me perseguir. É só eu tentar deixar para lá, não querer falar, olhar, ou
qualquer coisa que o traga para perto de mim, que ele aparece.
Ele me cerca, me prende, e quando dou por mim, já estou perdendo o
sono de novo por causa dele. É uma droga que me entorpece, me faz ficar
satisfeita. Mas é só o efeito passar, que já vou estar lá querendo de novo.
Até tentei me
divertir com outros, me afastar dele e provar para mim mesma que eu consigo. A
quantidade de gente disposta a ocupar o lugar de atenção que é reservado a ele
é razoavelmente grande. Mas ele sabe, ou adivinha, e sempre está lá, acabando
com qualquer chance de eu conseguir uma recuperação.
Não me esqueço da primeira vez que falei com ele. Para variar, nem
me conhecia e já estava fazendo piada. Ria de mim, brincava comigo. Não era a
primeira vez que eu o via, mas foi a partir daí que eu conheci o significado da
palavra vício.
Eu não faço a mínima ideia do que há com ele, mas cada vez que
encosta em mim, me abraça, ou simplesmente me olha, faz meu peito encher de
alegria. E o ridículo sorriso de satisfação, aparece mais uma vez na minha
cara.
Queria muito
entender essa fascinação ridícula do meu corpo por ele. Não sei se é a beleza
dele, ou o sorriso que aparece quando ele me vê, ou a minha mania de gostar de
homens que me façam rir. Só sei que sou viciada nele e preciso de uma
reabilitação. E logo.
Thalyne Carneiro
2 comentários:
Muito bom, adoro seu blog !.
Awn! *---------* Acabou de deixar alguém feliz Luciane Michelle! Obrigada! :*
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