Olhei para você do nada e não pude deixar de pensar na minha
cabeça a frase padrão para esses casos: “Meu Deus, que menino lindo!”. Claro
que comecei a procurar você toda vez que passava por lá, não sei por que, mas
despertou o meu interesse logo de cara.
E então as trocas de olhares começaram. E de repente, você começou
a sorrir para mim. E eu notei que era um sorriso lindo, daqueles de tirar o
fôlego e fazer ruguinhas nos cantos dos olhos. O meu tipo favorito de sorriso.
E claro, me fez sorrir para você também. Mas como toda menina impaciente, não
sou de ficar quieta no meu canto. Sou daquelas que se perder a paciência toma a
atitude mesmo. Fala logo e pronto. E foi o que eu resolvi fazer. Não alguma
coisa exagerada, claro que não. Tenho bom senso. Só dei meu telefone para você
e a ligação de volta nunca aconteceu. Simples assim. Porque você é um jogador.
Vou definir um jogador para que os homens não fiquem perdidos. Um
jogador é aquele que sabe exatamente o que está fazendo. Conquista as
menininhas com um simples olhar. Deixa todas elas suspirando, mas se você quer
fazê-lo perder o interesse, tome uma atitude. Ele simplesmente vai embora,
porque o que ele mais gosta é a parte da conquista.
Larguei de mão obviamente. Nunca tive paciência para joguinhos. Na
minha opinião, é desperdício de tempo. E comecei a tratar você como deveria,
não simpaticamente, só educadamente. E você notou, e claro que começou a
provocar. E como me provoca! Faz exatamente o que espero que homens façam. Tudo
isso para chamar a atenção para si de volta. E sei como isso é perigoso. E eu
achei... Interessante.
Sim, você leu direito. A garota que não suporta joguinhos
simplesmente ficou louca para brincar. E eu sei exatamente o por quê. Mulheres
como eu são competitivas. Topam até uma corrida até a esquina porque gostam de
ter aquele sorriso na cara de quem venceu. E é aí que tá o problema. Não que eu
queira algo sério com você. Mas se você quer jogar, eu vou jogar. Mas quero comentar que é bom tomar
cuidado. Mexer com o meu lado perigoso nunca é boa ideia. Só para constar.
Thalyne Carneiro
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